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Como fazer um ‘pé de meia’ na aposentadoria
O Brasil é tradicionalmente conhecido como um dos países que pratica as maiores taxas de juros no mundo. Isso é ruim para os devedores de bancos. E deveria ser bom para quem tem dinheiro para investir. Esta última parte não é necessariamente verdade. Veja algumas dicas para você fazer um bom pé de meia na aposentadoria.
Se você tem alguns recursos financeiros e se interessa em identificar quais as melhores alternativas de investimento, é interessante observar o que segue.
Poupança e Fundos de Renda Fixa
Deixar o dinheiro na poupança definitivamente é mal negócio. Há outras aplicações igualmente seguras e com liquidez (ou seja, que você pode sacar quando precisar). E que ainda geram um rendimento um pouco melhor. É o caso dos fundos de renda fixa.
É bem verdade que com a redução da Selic, que representa os juros básicos da economia, hoje não temos no país uma aplicação financeira de baixo risco. E que ofereça rendimentos altos.
Dois anos atrás, a Selic estava na faixa dos 14%. Hoje está na faixa dos 6%. O resultado é que a renda fixa significa rendimentos na ordem de 8% a 9% ao ano. Se você considerar os 6% da poupança, ainda assim é bem melhor.
E as aplicações em renda fixa, até o limite de 250 mil reais por CPF, contam com a proteção do FGC. Ou seja, o Fundo Garantidor de Crédito. Este é um fundo formado pelas principais instituições financeiras do país. Destinado a garantir a sua aplicação caso o banco em que você investiu venha a ter dificuldades. Saiba mais sobre o FGC.
Veja este exemplo: se aos 55 anos você investir R$120 mil em um fundo de renda fixa. Aos 60 anos você já deve ter guardado no banco um valor próximo a R$175 mil. Esse dinheiro vai render cerca de R$1200 ao mês. Ou seja, você poderá ter R$1200 a sua disposição para ‘engordar’ a sua renda fixa mensal sem precisar mexer no seu capital!
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Audaciosos preferem os Fundos de Ações
Se você tem disposição para correr riscos moderados. E se não tem necessidade de dispor do dinheiro no curto prazo (menos de 3 anos) vale a pena dar uma olhada nos fundos de ações. Estes podem trazer rendimentos mais atraentes, da ordem de 14% a 16% ao ano. Porém podem oscilar e eventualmente apresentar. No curto prazo, rendimentos menores do que a renda fixa.
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Não invista em imóveis!
Por fim, a terceira dica é no sentido de evitar – isso mesmo, evitar – uma opção que em outros momentos até já foi bem interessante, mas hoje já não é mais tanto assim. Trata-se do investimento em imóveis. Em termos de rentabilidade, atualmente um aluguel tem ficado em torno de 0,5% do valor do imóvel. Ou seja, a rentabilidade é próxima à da poupança. E você não conta com liquidez, pois vender um imóvel pelo valor de mercado pode levar até mais de um ano!
Em suma: se você é mais conservador, um bom caminho é a renda fixa. Se você está disposto a correr um pouco mais de risco, e não precisa do dinheiro no curto prazo, vale a pena se informar sobre fundos de ações. E a menos que você tenha encontrado a casa dos seus sonhos, não considere investir em imóveis como uma opção rentável.
Murilo Mella
Murilo Mella, advogado inscrito na OAB/SC 50.180, sócio da Koetz Advocacia. Se formou em direito na Universidade de Santa Cruz do Sul - RS e realizou pós-graduação em Direito Previdenciário pela Faculdade CESUSC. É especialista em Direito Previ...
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