CNIS divergente: principais causas, como analisar e corrigir
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é um dos principais documentos utilizados pelo INSS para o cálculo de benefícios, como aposentadorias e pensões. Contudo, em muitos casos, o CNIS pode apresentar divergências, o que pode prejudicar o direito ao benefício e atrasar a análise de solicitações.
Entender as causas dessas divergências e saber como analisá-las e corrigi-las é fundamental para garantir que o seu histórico de contribuições esteja correto e atualizado.
Neste artigo, vamos explorar as principais razões pelas quais o CNIS pode apresentar inconsistências e como resolver esses problemas de forma eficiente.
Lembrando que se você desejar consultar nossa equipe, solicite o seu atendimento conosco.
O texto continua após o vídeo.
O que é o CNIS?
O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é um banco de dados mantido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que reúne todas as informações sobre as contribuições e vínculos trabalhistas de um segurado ao longo da sua vida.
Ele funciona como um histórico previdenciário, registrando detalhes sobre o tempo de serviço, salários de contribuições, vínculos empregatícios, contribuições individuais, entre outros dados relevantes para a concessão de benefícios previdenciários.
Esse cadastro é essencial para a análise de benefícios como aposentadorias, pensões e auxílio-doença, pois é com base nas informações do CNIS que o INSS calcula o tempo de contribuição e a média salarial do segurado.
Por isso, é fundamental que o CNIS esteja correto e atualizado, para evitar problemas na hora de solicitar ou receber um benefício.
O texto continua após imagem.
O que significa CNIS divergente?
O termo CNIS divergente se refere a situações em que as informações registradas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) não correspondem à realidade ou apresentam inconsistências. Essas divergências podem ocorrer por diversos motivos, como:
- Erro de cadastro: informações incorretas podem ser inseridas durante o processo de atualização do CNIS, como o valor das contribuições ou o tempo de serviço;
- Falta de atualização: o CNIS pode não refletir dados atualizados, como novos vínculos de trabalho ou contribuições realizadas recentemente;
- Erro de digitação ou transcrição: durante o envio ou processamento das informações, podem ocorrer falhas de digitação que resultam em dados divergentes;
- Variações no nome ou CPF: inconsistências no nome, número do CPF ou outros dados pessoais podem levar a registros incorretos no CNIS;
- Problemas em contribuições de MEI: contribuições feitas como Microempreendedor Individual (MEI), por exemplo, podem não ser corretamente registradas.
Essas divergências podem afetar o cálculo de benefícios como aposentadoria, pensões e auxílios, tornando necessário corrigir as informações o quanto antes.
Para corrigir o CNIS divergente, o segurado pode solicitar a revisão ou retificação junto ao INSS, apresentando a documentação que comprove a inconsistência.
O texto continua após o infográfico.
Para que serve o Cadastro Nacional de Informações Sociais?
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é um sistema utilizado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para registrar e armazenar todas as informações relacionadas ao histórico de contribuições dos segurados ao regime previdenciário.
O CNIS é a base de dados usada para calcular o valor e o tempo de contribuição de benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.
Ele contém informações sobre o tempo de serviço, salários de contribuição, vínculos empregatícios e contribuições como autônomo ou MEI.
Além disso, o CNIS é utilizado para validar o tempo de contribuição do trabalhador, essencial para a concessão de aposentadoria e outros benefícios previdenciários.
Em casos de inconsistências ou dados desatualizados, o CNIS permite que o segurado faça a correção de informações, assegurando o correto cálculo e recebimento de benefícios.
O CNIS também contribui para o controle e monitoramento das contribuições, evitando o pagamento indevido de benefícios e ajudando na identificação de fraudes.
O texto continua após o vídeo.
O que substitui o CNIS?
O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) ainda é a principal ferramenta utilizada pelo INSS para registrar as informações de contribuições e vínculos dos segurados. Não há um substituto direto para o CNIS.
Entretanto, quando o segurado consulta suas informações através do “Meu INSS”, ele pode gerar um extrato de contribuições, que tem o mesmo objetivo do CNIS: apresentar o histórico de contribuições feitas ao INSS, incluindo períodos de vínculos de trabalho e contribuições como autônomo ou MEI.
Quem deve fazer o cadastro no CNIS?
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é alimentado automaticamente pelo INSS com as informações de todos os trabalhadores brasileiros que contribuem para a Previdência Social, mas não é necessário que o trabalhador faça o cadastro de forma voluntária.
A inscrição no CNIS acontece conforme o registro das contribuições ou vínculos trabalhistas, e todos que têm algum vínculo com a Previdência devem ter seus dados registrados.
Portanto, as pessoas que devem ter dados no CNIS incluem:
O texto continua após o formulário.
Como emitir o CNIS?
- Exemplo 1:
Trabalhadores com carteira assinada (empregados): empresas são responsáveis por enviar as informações das contribuições dos seus empregados diretamente ao INSS. O trabalhador, neste caso, não precisa se preocupar com o cadastro, pois ele é feito automaticamente.
- Exemplo 2:
Profissionais autônomos, como médicos, advogados e outros trabalhadores que contribuem por conta própria para o INSS, devem fazer o pagamento das contribuições. O INSS então registra esses dados no CNIS.
- Exemplo 3:
Quem é registrado como MEI também possui suas contribuições registradas no CNIS, desde que esteja em dia com o pagamento das contribuições.
- Exemplo 4:
Pessoas que não possuem vínculo empregatício, mas decidem contribuir ao INSS de forma voluntária (como estudantes, donas de casa ou desempregados), devem realizar o pagamento das contribuições, e o INSS irá registrá-las no CNIS.
- Exemplo 5:
Pessoas que já receberam benefícios do INSS, como aposentadoria ou pensão por morte, também têm seus dados registrados no CNIS, uma vez que o histórico de contribuições é essencial para o cálculo dos benefícios.
Portanto, a inscrição no CNIS ocorre conforme o vínculo ou a contribuição ao INSS. O trabalhador deve garantir que suas contribuições estão sendo registradas corretamente, especialmente em casos de vínculos temporários ou como contribuinte individual. Caso haja divergências, o segurado pode solicitar a correção junto ao INSS.
Quem não tem carteira de trabalho tem CNIS?
Sim, quem não tem carteira de trabalho assinada pode ter CNIS, desde que tenha alguma forma de contribuição ao INSS.
Trabalhadores autônomos, como profissionais liberais (advogados, médicos, pedreiros, entre outros), que contribuem por conta própria para o INSS.
Nesse caso, o cadastro no CNIS ocorre automaticamente quando a pessoa realiza o pagamento das contribuições como contribuinte individual.
Se a pessoa for registrada como MEI, ela também terá seus dados registrados no CNIS, pois o pagamento das contribuições é feito de forma regular e é vinculado ao INSS.
Pessoas que não têm vínculo empregatício, mas optam por contribuir voluntariamente ao INSS (como estudantes, donas de casa, desempregados ou outros que desejam ter acesso a benefícios como aposentadoria e auxílios), também são registradas no CNIS, desde que realizem os pagamentos de suas contribuições.
O texto continua após o vídeo.
Quais são as causas mais comuns para divergências no CNIS?
As divergências no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) podem ocorrer por diversas razões, e é importante identificá-las e corrigi-las para garantir que o histórico de contribuições esteja correto.
Durante o registro das contribuições, pode haver erros de digitação ou falhas na inserção de informações, como nome, CPF, data de nascimento, valor da contribuição ou o período de vínculo empregatício.
O CNIS pode não refletir dados mais recentes, como um novo emprego, término de um vínculo ou novas contribuições feitas, especialmente se a pessoa mudou de emprego, de atividade ou de categoria (como de autônomo para MEI).
Em alguns casos, contribuições feitas pelo trabalhador (seja como empregado, autônomo ou MEI) podem não ser registradas corretamente no CNIS, seja por erro do empregador, da empresa de contabilidade ou do sistema do INSS.
Diferenças no nome (por exemplo, omissão de sobrenome ou erro de digitação), CPF ou outras informações pessoais podem levar a um cadastro incorreto no CNIS, fazendo com que o sistema não reconheça o vínculo ou a contribuição.
Vínculos de trabalho antigos, especialmente os que ocorreram há muitos anos, podem não estar corretamente registrados no CNIS devido a falhas na atualização ou na comunicação entre o empregador e o INSS.
Em alguns casos, o CNIS pode não registrar corretamente o tempo de serviço para certos vínculos ou atividades, como o trabalho em condições especiais (atividade insalubre ou perigosa), o que pode afetar o cálculo da aposentadoria.
Em casos de mudança de categoria de segurado ou de revisão de contribuições de períodos anteriores, podem ocorrer falhas na compensação ou no registro correto das contribuições no CNIS.
Essas divergências podem afetar o cálculo de benefícios, como aposentadoria, pensões e outros direitos previdenciários.
Erros de lançamento de dados pela empresa ou pelo próprio segurado
Os erros de lançamento de dados no CNIS podem ocorrer tanto por falhas cometidas pela empresa quanto pelo próprio segurado. Esses erros podem afetar o cálculo de benefícios e comprometer a correção do histórico previdenciário.
Quando o empregador registra os dados do trabalhador de forma equivocada, como o nome, CPF, cargo, ou data de admissão e demissão. Esses erros podem levar a inconsistências nos registros no CNIS.
Empresas podem não informar corretamente ao INSS quando há alteração no vínculo de trabalho, como uma demissão, promoção, ou alteração de salário, o que pode causar divergências no CNIS.
Se a empresa não realizar o devido recolhimento das contribuições ao INSS ou atrasar o pagamento, o trabalhador pode ter o tempo de serviço e as contribuições não registradas no CNIS corretamente.
Pode ocorrer de a empresa registrar valores incorretos de salário de contribuição, o que influencia diretamente no cálculo dos benefícios do trabalhador, como aposentadoria e pensões.
Se a empresa fizer um registro de vínculo de trabalho incorreto, por exemplo, atribuindo uma categoria errada ao trabalhador (como MEI quando deveria ser CLT ou vice-versa), isso gera divergências no CNIS.
Já no caso do segurado, a pessoa pode esquecer de atualizar o INSS sobre mudanças em sua situação, como o início de uma nova atividade como autônomo, alteração no regime de contribuição ou mudança de dados de contato. Isso pode gerar lacunas ou registros errados no CNIS.
Quando o segurado, especialmente se for contribuinte individual ou MEI, faz o pagamento incorreto ou com atraso das contribuições, as informações no CNIS podem não refletir o valor correto pago.
Se o segurado não apresentar os documentos corretos ao INSS (por exemplo, para comprovar tempo de serviço ou de contribuição), o CNIS pode não refletir todas as suas contribuições ou vínculos.
O segurado pode ter problemas ao solicitar a correção de informações do CNIS. Isso pode ocorrer por falta de conhecimento sobre o procedimento correto ou por erro no preenchimento da solicitação de retificação.
O texto conitnua após o vídeo.
Omissão de períodos de contribuição
A omissão de períodos de contribuição no CNIS ocorre quando o INSS não registra corretamente as contribuições feitas durante determinado período de tempo.
Isso pode afetar diretamente o cálculo de aposentadoria, pensões e outros benefícios previdenciários, além de gerar divergências nos dados registrados no sistema.
A omissão pode ser causada por diversos fatores, tanto por erros administrativos quanto por falhas de comunicação entre o trabalhador e o INSS.
Mudança de nome ou dados pessoais sem atualização
A mudança de nome ou dados pessoais sem atualização no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é uma das causas comuns para divergências no registro das contribuições e vínculos do trabalhador.
Quando o trabalhador altera seu nome, CPF ou outros dados pessoais (como data de nascimento, nome de solteiro para casado, etc.), mas não atualiza essas informações junto ao INSS, pode ocorrer uma inconsistência no CNIS.
Isso pode afetar o cálculo de benefícios e a verificação do tempo de contribuição.
Contribuições realizadas sem o devido registro no sistema
As contribuições realizadas sem o devido registro no sistema são uma das causas mais comuns de divergências no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).
Quando o trabalhador ou a empresa efetua uma contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas essa contribuição não é registrada corretamente no sistema, o tempo de serviço ou as contribuições podem ser omitidos ou não reconhecidos, impactando diretamente no cálculo de benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.
Empresas que não repassaram informações ao INSS
Quando empresas não repassam informações ao INSS, isso pode gerar uma série de problemas para os trabalhadores, afetando diretamente o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), o qual é utilizado pelo INSS para calcular benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.
A falta de repasse de informações das empresas pode resultar em divergências no CNIS, comprometendo a contagem do tempo de contribuição e dificultando o acesso aos benefícios previdenciários.
É possível fazer a correção de um CNIS divergente pela internet?
Sim, é possível corrigir um CNIS divergente pela internet, desde que a correção envolva informações que possam ser atualizadas diretamente pelo INSS ou pelo próprio segurado.
O INSS oferece algumas ferramentas online para facilitar a correção de dados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), especialmente por meio do Meu INSS, plataforma digital acessível tanto no site quanto no aplicativo.
O primeiro passo é acessar o site Meu INSS ou baixar o aplicativo Meu INSS disponível para Android e iOS;
Após o login, é possível consultar o CNIS e verificar se há alguma divergência nas informações de vínculos e contribuições.
O texto continua após imagem.
Caso identifique divergências, como vínculos de emprego não registrados ou valores de contribuição ausentes, o trabalhador pode solicitar a retificação de alguns dados diretamente pela plataforma.
Em muitos casos, o próprio sistema permite a atualização de informações como a inclusão de períodos de trabalho ou dados pessoais (como nome ou CPF).
Se as divergências forem relacionadas a erros no histórico de contribuições, o trabalhador pode, por meio da opção “Atualizar Cadastro”, corrigir as informações.
Se o problema for com a empresa não repassando as informações ou outros erros relacionados a vínculos empregatícios, o segurado poderá solicitar a retificação diretamente pela plataforma, mas, em alguns casos, será necessário apresentar documentos que comprovem o vínculo.
Para corrigir divergências no CNIS que envolvam dados como vínculos de trabalho ou contribuições não registradas, pode ser necessário anexar documentos como holerites, carteira de trabalho, declaração de pagamento ou outros comprovantes.
O próprio Meu INSS oferece a opção de upload de documentos para análise do INSS.
Após enviar a solicitação de correção, o usuário pode acompanhar o andamento do processo pela própria plataforma.
O INSS analisará as informações e, se necessário, pedirá documentos adicionais ou realizará ajustes no CNIS.
Por que conferir e corrigir o Cadastro Nacional de Informações Sociais?
Conferir e corrigir o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é fundamental para garantir que as informações sobre suas contribuições previdenciárias estejam corretamente registradas e refletindo a realidade do trabalhador.
Esse cadastro é usado pelo INSS para calcular e conceder benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, pensões, e outros direitos previdenciários.
O CNIS é a principal base de dados utilizada pelo INSS para determinar o tempo de contribuição e os valores a serem pagos ao trabalhador em caso de aposentadoria ou outros benefícios.
Se houver divergências no CNIS, como faltas de registros de vínculos ou contribuições não contabilizadas, o trabalhador pode ter o tempo de serviço subestimado, o que pode resultar em dificuldades na concessão de aposentadoria ou outros benefícios.
Quando os dados estão desatualizados ou incorretos, pode ocorrer um cálculo incorreto da aposentadoria.
Isso pode levar o trabalhador a se aposentar com um valor menor ou até mesmo sem o tempo necessário para obter a aposentadoria, o que pode resultar em um prejuízo financeiro a longo prazo.
O texto continua após o vídeo.
Quais documentos são necessários para corrigir divergências no CNIS?
Quando o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) apresenta divergências, é fundamental reunir os documentos corretos para corrigir as informações junto ao INSS.
A apresentação dos documentos certos garante que o processo de retificação seja mais rápido e eficiente, evitando atrasos no acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é um documento fundamental para registrar e comprovar o histórico de vínculos empregatícios e contribuições previdenciárias de um trabalhador. Ela contém informações detalhadas sobre empregadores, data de admissão e desligamento, além de salários e outras condições de trabalho.
Quando ocorre uma divergência no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), a CTPS pode ser um dos documentos essenciais para corrigir o histórico de vínculos de trabalho, principalmente em casos de erros de registro de tempo de serviço ou faltas de vínculos no CNIS.
A CTPS ajuda a comprovar a data correta de admissão e desligamento, assim como o valor das contribuições devidas, garantindo que o tempo de contribuição seja corretamente contabilizado para fins de benefícios previdenciários, como a aposentadoria.
Portanto, ao identificar divergências no CNIS, a CTPS é uma das principais ferramentas para corrigir essas informações, garantindo que seus direitos previdenciários sejam reconhecidos de forma adequada.
- Comprovantes de contribuição, como guias GPS
Os comprovantes de contribuição, como as Guias da Previdência Social (GPS), são documentos essenciais para corrigir divergências no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), especialmente quando se trata de contribuições individuais ou de autônomos.
A GPS é utilizada para efetuar os pagamentos ao INSS e contém informações sobre o valor da contribuição, o período de pagamento e o código de pagamento correspondente.
Se houver divergências no CNIS relacionadas à falta de registros de contribuições ou se o valor das contribuições não estiver corretamente computado, os comprovantes de pagamento, como as Guias GPS pagas, são indispensáveis para corrigir essas falhas.
Esses documentos servem para comprovar que o trabalhador fez os pagamentos no período correspondente, e ajudam a regularizar contribuições em atraso ou não registradas no CNIS.
Para corrigir essas divergências, o segurado pode anexar as cópias das GPS pagas ao solicitar a atualização ou retificação de seu histórico previdenciário.
O INSS usará essas informações para corrigir o CNIS e garantir que o tempo de contribuição seja contabilizado corretamente, assegurando o direito ao benefício desejado, como aposentadoria ou auxílio-doença.
- Contratos de trabalho
Os contratos de trabalho são documentos essenciais para corrigir divergências no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), principalmente quando há erros no registro de vínculos empregatícios ou informações faltantes sobre períodos de contribuição.
Esses contratos detalham as condições de trabalho, como o empregador, data de admissão e desligamento, além de outras informações relevantes sobre o vínculo trabalhista.
Quando o CNIS não reflete corretamente o histórico de empregos registrados, os contratos de trabalho podem ser utilizados para comprovar a existência de um vínculo e o tempo de serviço.
Isso é crucial, por exemplo, para garantir que o tempo de contribuição seja contabilizado de maneira correta no cálculo de aposentadoria ou outros benefícios.
Ao apresentar o contrato de trabalho junto aos documentos complementares, como a CTPS ou a GUIA GPS, é possível corrigir as informações no CNIS e garantir que os períodos de contribuição e vínculos sejam corretamente reconhecidos pelo INSS, assegurando o direito aos benefícios previdenciários.
- Holerites ou recibos de pagamento
Holerites ou recibos de pagamento são documentos essenciais para corrigir divergências no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), especialmente em casos onde o salário ou o valor das contribuições não está corretamente registrado.
Esses documentos detalham os valores pagos ao trabalhador, incluindo salário bruto, descontos (como INSS) e contribuições feitas ao longo do tempo, e são fundamentais para comprovar as contribuições realizadas ao INSS.
Quando o CNIS apresenta inconsistências relacionadas a salários ou contribuições não registradas, os holerites ou recibos de pagamento podem ser usados para comprovar os valores pagos pelo empregador e corrigir o registro no sistema.
Esses comprovantes ajudam a reconhecer o tempo de serviço, a identificar o valor da contribuição e a garantir que o trabalhador não tenha perdido períodos de contribuição importantes.
Apresentando os holerites ou recibos de pagamento ao INSS, o trabalhador consegue regularizar as informações no CNIS, garantindo que o tempo de contribuição seja contado corretamente e, assim, evitar prejuízos no cálculo de aposentadoria e outros benefícios previdenciários.
Como analisar o CNIS divergente?
Analisar o CNIS divergente é um processo crucial para garantir que as informações sobre contribuições e vínculos empregatícios estejam corretas e reflitam a realidade do trabalhador.
Quando há divergências no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), pode haver falhas que afetem o cálculo de benefícios do INSS.
Confira se seus dados pessoais estão corretamente registrados, como:
- Nome completo;
- CPF;
- Data de nascimento;
- Nome da mãe.
Caso haja erros nesses dados, a correção é essencial, pois podem impedir o correto processamento do CNIS.
O CNIS deve listar todos os vínculos de trabalho registrados, com as informações de:
- Empresas em que você trabalhou;
- Data de admissão e desligamento;
- Função ou cargo exercido.
Verifique se todos os seus empregos estão presentes e se as datas de admissão e desligamento estão corretas.
Se algum vínculo estiver faltando ou se as datas estiverem incorretas, você precisará corrigir essas informações, apresentando documentos como a CTPS, contratos de trabalho ou holerites.
Confira se o valor e o período de contribuições estão corretamente registrados. As contribuições podem ser identificadas por:
- Data de pagamento;
- Valor da contribuição;
- Código de pagamento (referente ao tipo de contribuinte).
Portanto, verifique com atenção!
Como corrigir os erros mais comuns de CNIS?
Se houver erros, verifique se você tem documentos como Guias de GPS (para contribuintes individuais) ou holerites (para trabalhadores CLT). Esses documentos podem ser usados para corrigir os valores registrados no CNIS, por exemplo.
O CNIS também apresenta o tempo total de contribuição para a aposentadoria. Verifique se o tempo registrado está correto, pois isso pode afetar o cálculo do tempo necessário para se aposentar.
Se um período de contribuição estiver omitido (não registrado no CNIS), isso pode ser corrigido com documentos como recibos de pagamento, contratos de trabalho e guias de contribuição.
Às vezes, o CNIS pode apresentar duplicidade de vínculos ou contribuições registradas para o mesmo período, o que pode afetar o tempo de serviço e a contagem do valor das contribuições.
Verifique se não há registros de empresas ou vínculos repetidos, que podem ter sido causados por erro do empregador ou sistema.
Após analisar as informações no CNIS, faça a comparação com os documentos que você tem em mãos, como:
- Carteira de Trabalho (CTPS);
- Holerites ou recibos de pagamento;
- Guias de GPS ou DARFs;
- Comprovantes de vínculo ou contratos de trabalho.
Se encontrar divergências ou erros, você pode solicitar a correção:
- Pelo site Meu INSS, caso o erro seja simples;
- Ou até mesmo pessoalmente, nas agências, para casos mais complexos, quando é necessário apresentar documentos comprobatórios.
Após solicitar a correção, acompanhe o status da solicitação através do site Meu INSS ou pelo telefone 135 para garantir que o problema tenha sido resolvido.
Abaixo listamos os principais erros de CNIS e como corrigi-los. E caso não encontre o erro que procura, preparamos uma lista completa de vínculos com pendência no CNIS.
Não reconhecimento de contribuições individuais
Quando o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) não reconhece contribuições individuais, isso pode ocorrer devido a diversos fatores, como erros no sistema do INSS ou falhas no repasse de informações.
Para corrigir o erro “Não reconhecimento de contribuições individuais”, você vai precisar reunir os documentos que comprovam esse tempo e solicitar atualização do INSS.
Datas de admissão e/ou demissão divergentes das que estão registradas na carteira de trabalho
O erro de datas de admissão e/ou demissão divergentes das que estão na Carteira de Trabalho se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
Vínculo empregatício antigo sem data de rescisão
O erro de vínculo empregatício antigo sem data de rescisão se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
Contrato de trabalho que não aparece no sistema
Se um contrato de trabalho não está aparecendo no seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), isso pode ser um problema comum e, muitas vezes, causado por falhas de registro de informações no sistema do INSS ou erro de repasse de dados.
Primeiramente, é importante acessar seu extrato do CNIS para confirmar que o contrato de trabalho realmente não está sendo exibido. Para isso:
- Acesse o site Meu INSS ou o aplicativo Meu INSS;
- Faça login e vá até a opção “Extrato de Contribuições (CNIS)”;
- Verifique se o vínculo empregatício está ausente ou com algum erro nos dados (como datas incorretas ou nome da empresa errado).
Se o seu contrato de trabalho não aparece, o primeiro passo é confirmar com a empresa se ela fez o recolhimento das contribuições ao INSS corretamente e se informou o vínculo ao sistema do INSS.
Muitas vezes, a empresa pode não ter feito a comunicação adequada ou o recolhimento da contribuição corretamente.
Caso a empresa não tenha registrado o vínculo corretamente, solicite que ela faça a regularização. Isso pode envolver:
- A reenvio dos dados de vínculo e pagamento de contribuições;
- O correto preenchimento da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social).
Se a empresa confirmou que os dados foram repassados corretamente, mas o vínculo não aparece no CNIS, você deve entrar em contato com o INSS para corrigir a divergência.
Solicite a correção do CNIS e envie documentos comprobatórios (como CTPS, contrato de trabalho, holerites, etc.).
Quantias registradas no sistema não são os mesmos recebidos
O erro de quantias registradas no sistema não são os mesmos recebidos se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
Não reconhecimento de sentenças trabalhistas
O erro de não reconhecimento de sentenças trabalhista se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
Existência de mais de um CNIS
O erro de existência de mais de um CNIS se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
Dados cadastrais errados
Para corrigir o erro de dados cadastrais errados, você precisa realizar os passos mais simples:
- Acesse o Meu INSS;
- Siga para “Agendamentos/Solicitações”
- Vá em “novo requerimento” e busque por “dados”
- escolha a opção “atualização de dados cadastrais”.
Por fim, você deve anexar os documentos que comprovam a informação sendo corrigida.
Porém, se precisar corrigir outras questões mais complexas, como dados de vínculos de trabalho ou valor, ou, ainda, incluir tempo de trabalho, precisará seguir outros passos.
PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não tratado
O erro de PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não tratado se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
AEXT-VI – Acerto de vínculo extemporâneo indeferido
Na verdade, se você achar o erro AEXT-VI, então você vai precisar entrar com uma ação na Justiça, não sendo possível resolver a situação por conta própria. Assim, precisará de advogado para resolver esse erro.
PVIN-IRREG – Pendência de Vínculo Irregular
O erro de PVIN-IRREG – Pendência de Vínculo Irregular se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”;
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”;
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS;
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
PREM-EXT – Remuneração da competência é extemporânea
O erro de PREM-EXT – Remuneração da competência é extemporânea se trata de uma pendência. Por isso, para corrigi-la você deve:
- ligar para o número “135”
- agendar um serviço de “Atualização de vínculos e remuneração”
- o agendamento vai abrir um pedido específico dentro da sua conta no Meu INSS
- por fim, apresente as provas necessárias dentro do Meu INSS.
IEAN – Exposição a agentes nocivos no grupo 25 anos
Na realidade, o IEAN não é um erro, mas sim um indicador de tempo especial! Porém, para validar esse indicador é preciso apresentar o PPP do tempo respectivo no INSS.
Quanto tempo demora para atualizar o CNIS divergente?
O tempo necessário para atualizar o CNIS divergente pode variar dependendo de alguns fatores, como a complexidade do erro, o tipo de correção e o canal utilizado para solicitar a atualização.
Quando a correção pode ser realizada diretamente pelo site Meu INSS ou pelo aplicativo Meu INSS, o prazo costuma ser mais curto. Em geral, a atualização pode ocorrer entre 5 a 10 dias úteis após o envio dos documentos e da solicitação de correção.
Se você entra em contato com o INSS pelo telefone 135, o prazo para que a correção seja realizada também varia, mas costuma ser de 10 a 20 dias úteis. Esse prazo pode ser maior caso a situação exija uma análise mais detalhada ou encaminhamento para uma agência.
Em casos mais complexos, onde a correção não pode ser feita online ou por telefone, pode ser necessário agendar um atendimento presencial em uma agência do INSS.
Após a apresentação dos documentos comprobatórios, o prazo para que a atualização seja feita pode variar entre 20 a 30 dias úteis, dependendo da demanda e da análise do caso.
Tem como imprimir o CNIS pela internet?
Sim, é possível imprimir o CNIS pela internet, através do site Meu INSS ou do aplicativo Meu INSS, que são os canais oficiais do INSS para consulta e obtenção do extrato de contribuições.
Se você já possui cadastro, faça o login com o CPF e a senha cadastrada no “Meu INSS”. Caso não tenha cadastro, você pode criar uma conta na plataforma utilizando seu CPF e seguindo os passos indicados.
No site Meu INSS ou no aplicativo, no menu principal, procure pela opção “Extrato de Contribuições (CNIS)”. Essa opção permite consultar todo o seu histórico de contribuições ao INSS, o que corresponde ao CNIS.
Após acessar a opção “Extrato de Contribuições”, o sistema irá gerar seu extrato, que mostra todas as suas contribuições e vínculos com o INSS.
Clique na opção “Emitir Extrato” ou “Baixar PDF”. O documento será gerado em formato PDF.
Com o PDF do CNIS em mãos, basta abri-lo em seu computador ou celular e usar a opção de impressão disponível no seu navegador ou aplicativo de visualização de PDF. Você pode imprimir diretamente ou salvar o arquivo para imprimir depois.
Importante: o extrato gerado no Meu INSS é oficial e tem validade para a comprovação de tempo de contribuição, sendo suficiente para consulta e processos relacionados à aposentadoria e outros benefícios do INSS.
Conclusão
Corrigir divergências no CNIS é essencial para evitar transtornos e garantir que seus direitos previdenciários sejam corretamente reconhecidos.
Ao identificar as causas das inconsistências e adotar as medidas corretivas adequadas, como a atualização de dados ou a solicitação de revisão junto ao INSS, é possível regularizar o cadastro e assegurar o recebimento dos benefícios de forma justa.
Manter o CNIS sempre atualizado e verificar periodicamente as informações nele contidas é uma prática recomendada para quem deseja evitar problemas futuros com o INSS.
Marcela Cunha
Advogada, OAB/SC 47.372 e OAB/RS 110.535A, sócia da Koetz Advocacia. Bacharela em Direito pela Faculdade Cenecista de Osório – FACOS. Pós-Graduanda em Direito Previdenciário pela Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul (ESM...
Saiba mais