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Simulador de aposentadoria na nova regra: como funciona
A aposentadoria é um dos momentos mais aguardados na vida de qualquer trabalhador, e com as mudanças nas regras da Previdência Social, surge a necessidade de entender como essas alterações impactam no valor e na forma de conquistar esse benefício.
Para facilitar esse processo, o simulador de aposentadoria é uma ferramenta essencial, permitindo que o segurado tenha uma previsão clara sobre o tempo de contribuição necessário e o valor de sua futura aposentadoria.
Neste texto, vamos explicar como funciona o simulador na nova regra, seus benefícios e como utilizá-lo para planejar seu futuro previdenciário.
Lembrando que se você desejar consultar nossa equipe, solicite o seu atendimento conosco.
Qual a nova regra da aposentadoria para 2025?
Em 2025, as regras de aposentadoria no Brasil, estabelecidas pela Reforma da Previdência de 2019, continuam em transição, com ajustes anuais até 2031.
As principais mudanças para este ano incluem:
Aposentadoria por Tempo de Contribuição – Regra da Idade Mínima Progressiva:
Mulheres:
- Idade mínima: 59 anos;
- Tempo de contribuição: 30 anos
Homens:
- Idade mínima: 64 anos;
- Tempo de contribuição: 35 anos
Essas idades mínimas aumentam seis meses a cada ano até atingirem 62 anos para mulheres e 65 anos para homens em 2031.
Regra de Pontos (Sistema de Pontuação):
Mulheres:
- Pontuação necessária: 92 pontos;
- Tempo de contribuição mínimo: 30 anos.
Homens:
- Pontuação necessária: 102 pontos;
- Tempo de contribuição mínimo: 35 anos.
A pontuação resulta da soma da idade com o tempo de contribuição, aumentando um ponto por ano até alcançar 100 pontos para mulheres e 105 para homens.
Aposentadoria por idade:
Mulheres:
- Idade mínima: 62 anos;
- Tempo de contribuição: 15 anos.
Homens:
- Idade mínima: 65 anos;
- Tempo de contribuição: 15 anos.
Pedágio de 50%:
Essa regra foi criada especialmente para os trabalhadores que, em 2019, estavam próximos de se aposentar. Ela determina um “pedágio” equivalente a 50% do tempo de contribuição que ainda faltava para completar o requisito.
Exemplo: se um trabalhador já havia contribuído por 33 anos e, antes da Reforma da Previdência, precisava de mais 24 meses para se aposentar, ele terá que trabalhar por 12 meses adicionais, totalizando 36 meses de contribuição restantes.
Além disso, para se aposentar por essa modalidade, você precisa ter 28 anos de contribuição, se mulher ou 33 anos, se homem.
Pedágio de 100%:
Nessa modalidade, o trabalhador deve cumprir o dobro do tempo de contribuição que faltava para se aposentar no momento da Reforma da Previdência.
A principal vantagem desse método está no valor do benefício, que pode ser mais elevado em comparação ao pedágio de 50%.
O texto continua após o vídeo.
Como fazer o cálculo da aposentadoria na nova regra?
O cálculo da aposentadoria na nova regra, estabelecida após a Reforma da Previdência de 2019, segue critérios que variam conforme a modalidade escolhida e o tempo de contribuição.
O cálculo da aposentadoria na nova regra é baseado na média de todos os salários de contribuição e na quantidade de anos contribuídos:
- O valor mínimo da aposentadoria é de 60% da média dos salários de contribuição;
- Para mulheres, o mínimo de contribuição é de 15 anos, e para homens, é de 20 anos;
- Para cada ano de contribuição que exceder o mínimo, acrescenta-se 2% ao valor mínimo.
Vamos a um exemplo?
Maria, uma segurada do INSS, tem 25 anos de contribuição e uma média salarial calculada de R$ 4.000,00.
Como Maria já cumpriu o tempo mínimo de contribuição exigido para mulheres (15 anos), o valor mínimo do benefício será 60% da média salarial.
Cálculo: 60% de R$ 4.000,00 = R$ 2.400,00
Maria contribuiu 10 anos a mais do que o mínimo exigido (25 anos – 15 anos = 10 anos).
Para cada ano excedente, acrescentam-se 2% ao valor mínimo.
- O cálculo ficaria: 10 anos x 2% = 20% adicionais;
- O percentual total do benefício será: 60% + 20% = 80% da média salarial.
No final, 80% de R$ 4.000,00 = R$ 3.200,00.
Com 25 anos de contribuição e uma média salarial de R$ 4.000,00, Maria terá direito a uma aposentadoria de R$ 3.200,00, equivalente a 80% da sua média salarial.
Esse método incentiva períodos maiores de contribuição, garantindo um benefício mais elevado para quem contribui além do tempo mínimo exigido.
O texto continua após o vídeo.
Por que simular sua aposentadoria?
Simular sua aposentadoria é essencial para ter uma visão clara e precisa de como será sua renda no futuro e tomar decisões estratégicas sobre sua vida financeira e profissional.
Saber o valor estimado do benefício permite planejar melhor seus gastos, investimentos e estilo de vida na aposentadoria.
Sem simulação, você pode ser pego de surpresa com um valor abaixo do esperado.
Simular ajuda a verificar se você já atingiu ou está próximo de atingir o tempo necessário para se aposentar.
Além disso, caso haja contribuições em atraso ou períodos não registrados, você poderá corrigir antes de solicitar o benefício.
Para quem começou a contribuir antes da Reforma da Previdência, simular a aposentadoria permite identificar a regra de transição mais vantajosa para o seu caso.
Isso pode impactar diretamente no valor do benefício ou na data de concessão.
Simulações ajudam a identificar se vale a pena continuar contribuindo por mais tempo para atingir um percentual maior da média salarial.
Ou seja, se você está perto da aposentadoria, a simulação ajuda a decidir quando é o momento certo de parar de trabalhar.
Para autônomos ou MEIs, pode ajudar a definir o valor das contribuições mensais.
O texto continua após o vídeo.
Simulador de aposentadoria com a nova regra
O simulador de aposentadoria com a nova regra é uma ferramenta poderosa que ajuda o segurado a entender como as mudanças na Previdência Social, especialmente após a Reforma de 2019, afetam o seu futuro.
Com ele, é possível estimar o valor da aposentadoria e o tempo necessário de contribuição com base nas novas exigências.
A principal vantagem de fazer uma simulação, é que ele leva em consideração as transições das novas regras, como a idade mínima e o tempo de contribuição, além de ajustes anuais que podem alterar as condições de aposentadoria.
Ao fazer a simulação, você consegue prever com mais precisão quando poderá se aposentar e qual será o valor do seu benefício, permitindo ajustar seu planejamento financeiro e previdenciário de forma mais eficaz.
CUIDADO: O simulador do INSS não é confiável! No geral, comete erros e acaba sugerindo opções abaixo do valor que você tem direito ou até dá a entender que você precisa trabalhar mais para se aposentar.
Ou seja, prefira o auxílio de um advogado especialista.
O texto continua após o vídeo.
Como funciona o simulador de aposentadoria?
O simulador de aposentadoria é uma ferramenta que calcula, de forma aproximada, o tempo restante para se aposentar e o valor estimado do benefício, com base nas informações fornecidas pelo usuário e nas regras vigentes do INSS.
Ele considera dados como idade, tempo de contribuição acumulado, valores das contribuições feitas e a regra de transição aplicável a cada caso.
Ao inserir essas informações, o simulador utiliza as fórmulas das novas regras de aposentadoria, incluindo as condições da Reforma da Previdência de 2019.
É importante lembrar que o simulador oferece apenas uma estimativa e que o cálculo final pode variar.
Entretanto, saiba que esse serviço pode ser acessado totalmente online, sem necessidade de comparecer ao INSS.
Veja como utilizar o simulador:
- Acesse o Meu INSS;
- Informe seu CPF e senha;
- No menu “Do que você precisa?”, digite “Simular Aposentadoria”;
- O sistema exibirá simulações para todas as regras, tanto antes quanto após a Reforma da Previdência;
- Para mais detalhes, clique em “Baixar PDF”.
Conclusão
Com a introdução do simulador de aposentadoria na nova regra, os segurados têm à disposição uma ferramenta prática e eficiente para planejar sua aposentadoria com mais segurança e clareza.
Ao conhecer os impactos das mudanças nas regras de aposentadoria, é possível ajustar o tempo de contribuição e tomar decisões mais estratégicas.
Lembre-se de que, embora o simulador ofereça uma estimativa, o aconselhamento de um especialista em Previdência pode ser crucial para um planejamento mais assertivo e adequado às suas necessidades.
Daiana da Costa Pereira
Daiana da Costa Pereira é graduanda em Direito pela Universidade Feevale de Novo Hamburgo/RS. Atuando com atendimentos em demandas de Direito Previdenciário desde 2014. É apaixonada por direito previdenciário. É seletora de Desenvolvimento de Re...
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